sexta-feira, 24 de maio de 2013

Estudo revela mecanismo necessário para manter ereção



Um estudo desenvolvido na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desvendou os processos químicos que levam o homem a manter uma ereção – até agora, só eram conhecidos os fatores que faziam com que o pênis ficasse ereto, mas não os necessários para mantê-lo dessa forma. Para os autores da pesquisa, , a descoberta abre portas para novas terapias capazes de ajudar pacientes que sofrem de disfunção erétil. De acordo com os pesquisadores, a liberação de óxido nítrico, um neurotransmissor produzido no tecido nervoso, provoca a ereção, pois relaxa os músculos, permitindo que o sangue chegue ao pênis. “No entanto, sabíamos que esse era apenas um estímulo inicial. Por isso, queríamos descobrir o que permite que a ereção se mantenha”, afirma o coordenador do estudo, Arthur Burnett.

Ao estudarem camundongos, Burnett e sua equipe descobriram que o sistema nervoso, depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro ondas de óxido nítrico, produz uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo, dentro de um modelo cíclico. 

Embora o estudo tenha sido feito com animais, Burnett afirma que a biologia básica da ereção é a mesma entre roedores e seres humanos. “Agora, vinte anos depois de descobrirmos a importância do óxido nítrico na ereção, sabemos que esse neurotransmissor inicia um sistema cíclico, que continua a produzir ondas do neurotransmissor”, diz o pesquisador. “Foi uma viagem de vinte anos para completar a nossa compreensão desse processo. Agora, pode ser possível desenvolver terapias para melhorar ou facilitar o processo”, diz Solomon Snyder, que participou da pesquisa.