Provavelmente toda a magia acerca dos gatos começou com as lendas egípcias sobre os felinos e sua sacralidade. Mais especificamente com a deusa Bast (Basthet ou Bastet), que era representada como uma gata com corpo de mulher.
Na Idade Média, os antigos acreditavam que quando a bruxa possuía um gato preto este era um presente vindo diretamente das profundezas do inferno, das mãos do Diabo, e este gato ficava encarregado de auxiliar a bruxa em seus feitiços. É óbvio que a “endemoniação” do gato é mais uma baboseira dos ignorantes que acreditavam que TODAS as bruxas eram praticantes de MagiaNegra, o que não é bem verdade. Nessa época, a mulher bastava dar carinho a um gato ou conversar com ele que já era acusada de bruxaria. Os gatos que ajudavam as bruxas eram chamados de “espíritos familiares”.
Um “familiar” é um espírito que vive como um fiel amigo que muitas vezes é atraído por forças sobrenaturais ao dono (a). De qualquer maneira, o familiar é simplesmente um animal ligado à bruxa em ordem de compartilhar energias mágicas da natureza, podendo variar em espécie: Aranhas, gatos, morcegos, etc.
A noção de familiar se dissemina por anos, e tem suas raízes no Xamanismo e na cultura nativo-americana. Esses sábios tinham um tipo diferente de familiar que os guiavam, vindo sempre em tempos de medo ou de necessidade para protegê-los. Para o Nativo-Americano, os animais guias vinham para você no mundo dos sonhos. Eles aparecem antes de você, enquanto dorme, e oferecem seus serviços como guardiões fiéis, sempre te permitindo mudar sua forma física para a mesma que a deles.
Quando acordavam, o animal era talhado em madeira ou pintado nas pedras, para que estivesse com eles o tempo todo. Na cultura Nativo-Americana, acreditava-se que o seu familiar sempre estaria presente quando cruzavam para o mundo astral.
Para a bruxa ocidental, o encontro do familiar funciona de maneira similar, apesar de neste caso ser um animal físico que vai ser encontrado e não um totem.
Outra instância em favor à opressão dos gatos foi durante a queda dos Cavaleiros Templários. Sob tortura, os Cavaleiros Templários eram forçados a confessar sua heresia, renunciando Cristo e em alguns casos, a adoração aos gatos. Existe muita contradição nas superstições com relação aos gatos. Em culturas do sul europeu, ver um gato preto significa má sorte, enquanto na Inglaterra o mesmo animal é considerado sinal de boa sorte. O gato é considerado um bom familiar, porque tem a capacidade de captar as energias do dono à distância e ajuda, assim, a estabilizá-lo emocionalmente.